Ainda que morrer seja nossa única certeza imbatível, é bizarro imaginar que não fazemos ideia do que é a sensação de morte. Há, no final das contas, uma sensação? Será que é como se estivéssemos caindo em um poço sem fundo, no maior estilo Alice, ou será que morrer é como dormir?
O relato desse cara foi levado a sério justamente porque ele esteve “morto” duas vezes – por cerca de dois minutos cada vez. Na primeira vez que experimentou a morte, ele foi vítima de um acidente de moto; na segunda, teve uma overdose de analgésicos.
Sono profundo
Segundo ele, a sensação de morte é uma espécie de vazio, quando a mente não tem consciência nem é capaz de sentir coisa alguma. “Nas duas vezes eu apenas ‘não estava la’”, resumiu ele. A sensação, de acordo com o relato, poderia ser comparada com um cochilo, sem sonhos, mas em um sono profundo, do tipo que a pessoa acredita ter dormido por um longo período ao acordar, ainda que apenas alguns minutos tenham se passado.
As “mortes” citadas no relato, de acordo com o usuário, foram confirmadas pelos médicos que o atenderam. “Se os médicos não tivessem dito nada, eu pensaria que tinha tirado um cochilo sem sonhos”, comparou.
Sobre a sensação de estar prestes a morrer, o usuário disse que a primeira vez que sentiu foi no momento do acidente de moto: “a única coisa em minha mente era ‘oh, m$%&a!”. Já na segunda vez, quando “morreu” por uso excessivo de medicamentos, a descrição foi diferente: “Na segunda vez eu não fazia ideia. Eu estava com dor e, de repente, não tinha nada, simplesmente sem vida. Então eu acordei sentindo dor de novo”.
Sem medo
O depoimento contou também com a descrição da sensação de saber que se esteve morto por um tempinho: no início, o usuário disse ter achado a notícia empolgante, mas quando pensou sobre o ocorrido, a seriedade de seu caso o deixou espantado. O lado bom, segundo ele, é que seu medo da morte diminuiu, afinal ele sabe que morrer é como dormir. “Quando você morre, você apenas deixa de existir, não há nada com o que se preocupar!”.
No quesito religioso de sua experiência, ele revelou que sempre foi ateu e que continua tendo a certeza de que Deus e Paraíso não existem. Ainda assim, ele deixa claro a importância de respeitar a crença de cada pessoa. “As pessoas precisam parar de forçar suas crenças nos outros”, resume.
“Nenhuma conquista pessoal vai ter importância para mim quando eu estiver morto, a única coisa que vai viver depois da minha morte será o meu impacto nas pessoas que continuarem vivas. E eu espero que esse impacto seja positivo”, finalizou.
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